Macau, China 04/10/2010 15:19 (LUSA) Temas: Artes, Cultura e Entretenimento, Pessoas, Sociedade, Morte
Macau, China, 04 out (Lusa) – A morte do escritor Henrique de Senna Fernandes constitui uma “grande perda para a vida cultural” de Macau, defendeu hoje o executivo da região ao considerar que aquele foi um “emérito embaixador cultural” da cidade.
“Henrique de Senna Fernandes é um exemplo de referência e de dedicação abnegada ao estudo e promoção da história e cultura de Macau”, defendeu o chefe do executivo macaense, Fernando Chui Sai On, numa mensagem de condolências enviada à família do escritor, que faleceu hoje vítima de doença prolongada.
Chui Sai On enalteceu ainda a “dimensão intelectual, artística, humana e cívica” de Senna Fernandes, sublinhando que aquela “lhe valeu o respeito e admiração de toda a população”.
O Instituto Cultural, que editou e co-editou várias obras de Senna Fernandes em português, inglês e chinês, também sublinhou, numa mensagem enviada à família do escritor, que a sua morte constitui uma “grande perda para a vida cultural de Macau”.
“Através do seu incessante esforço de criação literária, Senna Fernandes expressou o seu profundo e sincero sentimento para com Macau, o que o tornou num emérito embaixador cultural de Macau”, defendeu o organismo.
“Acreditamos, no entanto, que o seu amor por Macau e as figuras literárias que criou perdurarão para sempre na memória do povo” da região, acrescentou.
O Instituto Cultural considera que as obras de Senna Fernandes “constituem uma importante herança cultural de Macau, as personagens que criou consubstanciam as características da fusão cultural sino-ocidental e a sua descrição da velha Macau integra a memória coletiva da cidade”.
Senna Fernandes nasceu em Macau a 15 de outubro de 1923 e é autor de vários livros de contos que envolvem a Macau antiga, como “A Trança Feiticeira”, que o Instituto Cultural classifica como um “clássico da literatura” da região, adaptado ao cinema por produtores chineses e com a participação de atores portugueses como Filomena Gonçalves e Ricardo Carriço.
PNE.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/fim