Parto sem ninguém dar por isso,
Tal como cheguei,
Acenando com o braço
Para me despedir do Ocidente.
Aquele clarão dourado ao pé da margem,
É a noiva ao pôr-do-sol,
A sombra reflectida no rio.
Agita-se em mim.
Preso à lama macia,
Nenúfar luzidio embalado pela água do rio.
No meio das suaves ondas do Rio de Cambridge
Queria ser essa flor aquática.
Ali, debaixo do ulmo,
Não é uma fonte, não,
Mas arco-íris celestial,
Reflexo descontínuo no meio das algas,
Do sonho igual a ele.
Mas não posso cantar,
O silêncio é a flauta da despedida;
Por mim calam-se os insectos,
O silêncio é esta noite de Cambridge.
Parto devagar,
Como cheguei,
Acenando com a manga da cabaia
Sem poder levar nada.
Xu Zhimo ( tradução de José e Maria - alunos da primeira licenciatura- com a ajuda de Ana Dias)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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